18.5.10


Encontro uma pedra, corro ao fundo e viro para sul, percorri, em tempos a estrada da felicidade, encontrei o sorriso mas, certo dia, desvio-me pelo atalho da inquietude, cercada por escuridão, não sei onde me encontro, espero o amanhecer e corro abrutadamente pelo caminho fora, agarro a sorte caída, vejo ao fundo uma cabana, ando à sua volta e continuo, nem as folhas das árvores se mexiam, chego ao topo da montanha, cercada de rochas e florestação da amargura, desço e corro à margem do rio sem vida, as flores estão murchas, páro, silencio, silencio e silencio, aos poucos o suspiro ofegante é mais alto, minuto a minuto, conto até 10 e corro novamente, dias e dias desenhando setas na imaginação, e um dia, chego novamente ao caminho que não via à tempos e digo: “Cheguei, alcancei-te de novo, de que me fugias tu?”.