27.11.10


Vivacidade, é isso que despertas em mim, todo e qualquer sentido de equilíbrio que trouxeste contigo e depositas-te em mim. Num flash, fotografas-te uma verdadeira confiança, sem sequer perguntar se é uma mera imagem ou a realidade do meu interior. Invadis-te o meu ser, deambulando entre palavras e gestos que subtilmente emitis-te. O carinho do teu toque é arrepiante aos meus sentidos. E de ti só tenho uma coisa a dizer: O melhor dos melhores. O impulso de te venerar é surpreendente mas o repulso de me proteger é firme. Talvez um dia, eu largue todos os sentimentos devastantes, a mágoa, o orgulho, o medo. E acredite que no amanhã, a tua mão ainda estará aqui para agarrar a minha.

Recrias-te o meu conto de fadas, com tantas mais cores que alguma vez experimentei.

26.11.10




recrias-te o meu conto de fadas.

Por entre as ruínas dos nossos mundos, há certos sorrisos e momentos que nos prendem no fascínio mas, aos nossos olhos nada é perfeito. A nossa natureza não nos permite enxergar mais além. As coisas más acontecem… por entre as coisas boas, e somos cegos nessa perfeição de sorriso, não aproveitamos esse momento, porque esperamos por algo que nem sequer temos. É uma raridade dar valor ao que realmente possuímos, porque não enxergamos o que possuímos verdadeiramente.
Fico triste porque perdi, mas será que alguma vez tive? Provavelmente não.
E além disso? O que tenho eu? TUDO! Por mais que a tristeza me invada, eu tenho o carinho da mãe, o orgulho das irmãs, até o amor do pai, os melhores amigos e o perfeito conforto. Saúde, paz e amor. Portanto, de que reclamo eu?
São inúmeras as decepções pelas quais passamos. Ao longe de uma vida cheia de lições, quedas, alegrias, convívio, silêncios, medos, vitórias. As decepções fazem parte de tudo, em todos os momentos deparamo-nos com alguma ou algumas. Mas o que realmente importa é a forma como ela nos toca, como ela se exprime dentro de nós. Há as que duram uns meros segundos, uns meros minutos, e então há aquelas que nos desmoronasse como se fossemos alvos a abater, somos feitos de carne e osso, de sensibilidades e sentimentos. É inevitavelmente impressionante como elas nos penetram sem pedir licença e inevitavelmente impressionante o quanto roubam de nós, nem sempre são apenas pensamentos mas sim motivação de acordar e reagir ao mundo lá fora, esse tão cruel por vezes. E por mais que procuremos algo onde nos agarrar, reparamos que não temos nada, não somos donos de nada, não possuímos o que quer que seja. Não há nada nem ninguém capaz de nos agarrar, sentimo-nos perdidos no tempo e no espaço, e então a questão volta-se:
Afinal onde estamos? Como chegamos aqui?
E fundamentalmente:
Como vamos embora?