26.8.10


Há tanto da vida que não sabemos. Pretendo descobrir. Hoje, amanha e nos infinitos dias que se precedem. Hoje, sei mais que ontem, menos que amanhã e inevitavelmente mais do que há duas semanas atrás. Sei que um dia olharei para trás e classificarei todas as atitudes e decisões tomadas como imaturas. Passamos a vida em crescimento, mas pouco aprendem com os dissabores e vitórias que coleccionamos diariamente. O ser humano é sem dúvida demasiado complexo para ser decifrável em duas ou três frases filosóficas, somos o espelho de um passado de espinhos e o reflexo de um futuro que construímos com os nossos pensamentos. Vivemos aprisionado por entre um bando de regras e expectativas que propomos a não falhar, somos seres que deambulamos por ruas e ruelas sem saber o que realmente queremos da vida. Sim, falo por mim. Não levar à letra, refiro-me sim, a aceitarmos algo que não representa as nossas expectativas. A estimar algo que nos remete a dúvidas de todas as formas e feitios. Que não nos preenchem mas firmemente cega-nos, porque assim tudo se torna mais fácil. Atitudes que tenho, que temos, mas não compreendo, ultrapassa-me. Paro e escuto, ouço apenas os embrulhar dos meus pensamentos face a esta vida que se torna num enredo que não quero viver. Deixei de saber o significado de “boa pessoa”. Transcende-me. Apercebo-me…Há momentos da vida, que vivemos e revivemos, e nesta constante repetição, em nenhuma delas sabemos como agir correctamente; mas afinal o que é isso? Há tanto da vida que não sabemos.

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