27.10.09



P
ercorres pedacinhos de céu enovelados,
Sobrevoas campos desertos de subtilezas,
Páras e das passos pela floresta fértil de afecto.
Descobres que há um mundo que desconheces por completo, nele encontras paz, amor, gestos que prendem a tua atenção, e dizes baixinho para ti própria, aqui sim. Aqui aconchegam-te, aqui vêem-te, aqui valorizam-te. Encontras-te tantas outras árvores onde os passarinhos cantavam sem vontade. Por sorte deparas-te com aquelas onde os ouves a cantarolar com todo o empenho de viver calorosamente e disponíveis a todos os que os encontram, seja branco ou preto, simpático ou tímido, não há diferenças todos temos uma caixinha de sentimentos e um cesto de bondade, e eles sabem disso. Desde sempre, os sons que emitem, são o antónimo de discriminação, desonestidade, crueldade. Coisas admiráveis, que te fascinaram logo no primeiro minuto em que paraste e ouvis-te a linda música que eles fizeram especialmente para ti.
Preencheram vazios, coloriram a noite, agarram-te pela mão e fizeram-te percorrer caminhos exuberantes sem precisares de dar um passo. Deram-te a conhecer um mundo de paixões, de generosidade extrema, e por fim, uma espantosa dedicação.
Não dizes que gostas dele, porque provavelmente não, mas ele marca-te quando passa, invade os teus pensamentos quando fala, tentando decifrar cada sibila que soletra e aí tu descobres-o.

Sem comentários:

Enviar um comentário